Justiça derruba decisão que obrigava Inep a divulgar redações do Enem corrigidas

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não será mais obrigado a disponibilizar a correção das provas de redação do Enem 2011 na internet. A ação ajuizada pela Advocacia Geral da União (AGU) foi atendida pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1). A AGU alegou que isto implicaria em atrasos em todo o calendário de realização das provas do Enem.


De acordo com a AGU, a liberação do acesso a mais de 6 milhões de provas demandariam a aplicação de milhões de reais na aquisição de equipamentos e serviços, para sua digitalização, criação e disponibilização na internet para o acesso simultâneo de milhões de pessoas. A AGU argumenta ainda que não existe qualquer indício de irregularidade ou prejuízo aos candidatos, já que os textos serão corrigidos por dois professores, de forma que se a diferença da nota for igual ou maior que 300 pontos, um terceiro corretor é escalado para corrigir a questão.


A liminar que autorizava a liberação da correção das provas foi expedida pela 5ª Vara da Seção Judiciária do Maranhão ao aceitar uma ação civil pública do Ministério Público Federal. O MP solicitava uma cláusula que garantisse aos candidatos o direito de obter vistas das provas discursivas com prazo para a formulação de recursos.


Em agosto, o Ministério Público Federal no Distrito Federal e o Inep assinaram, nesta quarta-feira (10), um acordo que garante aos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) o direito de ter acesso à correção (vistas) de provas a partir de 2012. Atualmente, este acesso não é permitido segundo o edital do Enem.


De acordo com o termo de compromisso de ajustamento de conduta, a medida terá caráter meramente pedagógico, ou seja, os candidatos não poderão apresentar recursos contra as correções.


Com informações: O Globo