Auditor assassinado no RN sofreu asfixia mecânica por estrangulamento

Causa da morte foi confirmada pelo Instituto Técnico de Perícia (Itep). Corpo de Dinarte Berreza, de 36 anos, foi encontrado enterrado em Taipu.

Dinarte Bezerra da Silva Filho tinha 36 anos

O auditor fiscal Dinarte Bezerra da Silva Filho, de 36 anos, cujo corpo foi encontrado na noite desta quarta-feira (14) enterrado em uma propriedade rural no município de Taipu, distante pouco mais de 50 quilômetros de Natal, sofreu asfixia mecânica por estrangulamento. A causa da morte foi confirmada pela assessoria de comunicação do Instituto Técnico de Perícia (Itep). 

O principal suspeito do crime é Dayvson André, de 23 anos, com quem a vítima mantinha uma relação amorosa. Foi ele quem mostrou à polícia o local da cova. Nesta quinta-feira (15), ele teve a prisão temporária convertida para preventiva.

"Ele mostrou onde o corpo estava, mas disse que só vai falar sobre o crime propriamente dito em juízo", ressaltou Luiz Fernando, responsável pela investigação. "Além da autuação por homicídio, ele também foi autuado por ocultação de cadáver", acrescentou o delegado.
Apesar do silêncio do suspeito, o delegado acredita que mais alguém participou do crime. "Pode até não ter sido na hora do homicídio, mas na hora de esconder o corpo", ressaltou. 


Entenda o caso

Dinarte Bezerra foi visto pela última vez com vida no dia 21 de agosto, saindo de um hotel em Mossoró. Auditor fiscal da Riachuelo, ele morava com a família em Natal, mas viajou para o Oeste do estado a trabalho. O carro dele foi encontrado quatro dias depois do desaparecimento. Foi achado na cidade de Bento Fernandes, que fica a 200 quilômetros de Mossoró. Desde então, a família passou a cobrar da polícia respostas sobre o paradeiro de Dinarte.

No dia 27, Dayvson André foi preso. Com ele foram encontrados os cartões de crédito de Dinarte. "Ele usou os cartões em lojas e até pagou um tratamento odontológico", revelou o delegado Luiz Fernando.

O rapaz negou qualquer envolvimento no desaparecimento de Dinarte. Como o prazo da prisão temporária estava acabando, o delegado contou que uma psicóloga começou a conversar com o suspeito. "Depois de três dias de muita insistência, ele acabou revelando onde o corpo estava, mas agora prefere ficar em silêncio", acrescentou.

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