Jovens empresários apostam no jeito “geração Y” de empreender

Empresários apostam no jeito "geração Y"
Imagem: Assessoria

A crise econômica que atingiu o Brasil mais acentuadamente nos últimos dois anos mexeu de diversas formas com o empreendedorismo no país. Enquanto alguns empresários assumiram uma postura conservadora e medidas austeras para evitar prejuízos, novos empreendedores enxergaram que seria preciso ousadia e perseverança comercial para superar obstáculos e crescer. Em Pernambuco, alguns grupos de jovens empresários investiram fortemente nas ferramentas à disposição da chamada "geração Y" para promover a breve consolidação de suas marcas em meio a um mercado ávido por novidades.

Atuando em segmentos distintos, mas unidos por esse mesmo objetivo, as empresas The Brownie Factory – rede de doçarias especializada no bolinho americano que leva nome na marca – e a Noha Shoes – marca de acessórios masculinos que aposta no DNA extremamente vaidoso do homem italiano como espelho para transformar o jeito de se vestir dos brasileiros – tem muito em comum. Elas são lideradas por jovens na faixa dos 30 anos, com múltiplos negócios, e tendo cerca de 2 anos desde os seus lançamentos no mercado, ambas transparecem a utilização de técnicas que já fazem parte da cartilha dos "millenials" e que vem dando certo. Entre as estratégias utilizadas: forte investimento em mídias digitais, escalação de formadores de opinião e digital influencers como embaixadores e divulgadores orgânicos da marca, auxílio de ferramentas tecnológicas como aplicativos que ajudam a captar e se relacionar com seguidores e clientes, além de uma alta padronização dos serviços com auxílio de consultorias especializadas.

Uma vez estabelecidas, as empresas se tornaram rapidamente um case de sucesso nas redes sociais, acumulando entre 24 e 35 mil seguidores em suas redes (cada). Com alto engajamento e relevância virtual, o resultado foi um impacto direto nas vendas. Com esses fatores associados, elas não demoraram a receber solicitações de potenciais franqueados, interessados em investir. Para estabelecer o modelo, contrataram consultorias especializadas em construir um padrão comercial aplicável em toda rede. Em abril, ambas lançaram no mercado suas propostas de franchising, com previsão de expansão inicial no Nordeste.

Ainda em comum, as duas empresas pegaram carona na onda de desocupação que atingiu os principais shoppings e popularidade entre o público jovem para negociar suas entradas em posição de vantagem. Mais uma coincidência entre elas: em menos de 1 ano, cada uma das marcas abriu 3 ou mais lojas físicas próprias. No caso da Noha, uma das lojas foi na vizinha Natal, capital do Rio Grande do Norte, além do e-commerce. 

"Percebemos que não havia espaço para recuar. Era tudo ou nada. Fomos com tudo" – afirma João Andrade Lima, diretor de marketing da Noha.

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