Visão ecológica garantirá a sobrevivência das espécies

É preciso priorizar conceitos que introduzam processos de produção limpa, que utilizem fontes renováveis e não poluentes de energia 

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Imagem: Criacionismo Brasil

As estruturas de produção e hábitos de consumo desenvolvidos atualmente não podem ignorar que a natureza demorou centenas de milhões de anos para produzi-las. A natureza não planeja nada, aloca seus recursos e pode provocar difíceis encargos para as gerações futuras. 

"É bem possível que no futuro as crianças não vejam os antepassados com bons olhos, pois deixaram para elas um mundo com uma temperatura muito alta, sem florestas, escassez de água, ar contaminado, quantidade crescente de pessoas excluídas da economia e confinadas em espaços urbanos exíguos, que favorecem a violência", alerta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

Modificando as bases de pensamento econômico será possível convergir para uma visão ecológica e multidisciplinar. Torna-se fundamental valorizar estudos e pesquisas relacionados à cadeia produtiva, à geração e aproveitamento dos resíduos, da água potável e da energia. É preciso priorizar conceitos que introduzam processos de produção limpa, que utilizem fontes renováveis e não poluentes de energia, como o sol e o vento, e tratá-los como insumos fundamentais em nossa cadeia produtiva. 

Segundo Vininha F. Carvalho, é necessário desenvolver um ambiente ecológico, onde os resíduos consigam ser inteiramente aproveitados. Os resíduos não reaproveitados precisam ser destruídos, e não apenas deixados em aterros sanitários e lixões, contribuindo para a contaminação da atmosfera. 

O profissional de economia deve reconhecer que tem um papel importante, não apenas discutindo juros, emprego, renda, consumo, impostos e investimentos, balanço de pagamentos e outras tantas variáveis importantes, sim, mas irrelevantes se não forem considerados a partir de uma visão do conceito de sustentabilidade, da formação de uma cadeia de produção e de consumo que permita o reaproveitamento integral de todos os resíduos de consumo, respeitando as riquezas naturais fundamentais, não gerando excedentes de gases que a natureza e os pulmões dos seres vivos não conseguem absorver e produzindo resíduos tóxicos que causam danos irreversíveis para o planeta.

Deve-se partir de um equilíbrio dinâmico entre homem e meio ambiente, caso contrário os seres humanos ou não, serão fortes candidatos à extinção das espécies. "Infelizmente não estão sendo produzidos alimentos em quantidade suficiente para mais de ¼ da população mundial. Isto significa que é preciso criar uma estrutura institucional para a sobrevivência, onde seja possível desenvolver mecanismos de captação e gerenciamento de recursos com remuneração compatível com a capacidade dos projetos, gerando renda e não poluindo o meio ambiente", conclui Vininha F. Carvalho.