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| Imagem: BBC |
O MUNDO DAS AFINIDADES: UM ALERTA AOS CASAIS.
No passado não muito distante, procurávamos por pessoas que nos completassem. O papel do homem e da mulher eram bem definidos. Parecia até que o mundo nos obrigava a depender de outro dentro de um relacionamento amoroso. Homens lavavam os carros e as mulheres as louças. Hoje o mundo mudou, homens pintam o cabelo, cuidam das crianças e assistem novelas. Já as mulheres usam calça, dirigem carros grandes e administram grandes empresas.
Com toda essa transformação na nossa cultura, mudaram, também, as relações amorosas. Não procuramos mais o complemento, mas sim, o que nos sentimos mais afinados. Ninguém precisa mais depender de ninguém nas relações, os papéis se misturaram. Atualmente buscamos pessoas mais parecidas conosco para construirmos relações que se ajudam e não que se completam. Os casais modernos podem revezar nas contas, na limpeza da casa, no cuidado com as crianças, entre outros. Buscam afinidades nos gostos, fazem atividade física juntos, veem filmes de ação e romance, cozinham juntos, entre outras várias atividades. Só precisam ter cuidado para não perder suas identidades. Isso tem que ficar bem definido para a relação não perder a graça. As partes da relação não devem abrir mão das suas próprias individualidades. Não devem deixar de possuir seus amigos individuais, gostos e saídas para assuntos pessoais, para não perderem suas personalidades. Pois o que nos faz amar outro ser é admiração pelo que o outro é, no entanto se este outro não tiver personalidade, como conseguiremos amar? A relação de afinidades veio para nos fortalecer enquanto casal e não para nos destruir como pessoa. Conviver a dois se ajudando, sem deixarmos de sermos quem somos ainda é o melhor caminho.
Por Vladimir Paiva
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Vladimir Paiva é psicólogo
clínico (CRP/RN 17/1665),
sexólogo, especialista
em terapia familiar