Para socialização da angústia dos contribuintes...
A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR, E A DEUS O QUE É DE DEUS.
Pagar impostos é o nosso dever, e os nossos direitos quais são?
Ao fim do prazo da Receita Federal para cobrança do Imposto de Renda e ainda dolorida e revoltada com a ferida da mordida do Leão, sou obrigada a levantar-me às 2 horas da manhã, para proteger as poucas posses, fruto do suor de uma família brasileira, e passo a refletir algumas questões, há muito engasgadas no íntimo de muitos de nós.
Trabalhar para enriquecer alguns é o destino de muitos de nós brasileiros. Quando abro o meu caderno de anotações das despesas e gastos domésticos, que com muita responsabilidade listo o que é de Deus (sustento da família) e o que é de César (impostos diretos IPTU, IPVA, IR, sem falar nos indiretos) vejo que não me sobra para viver dignamente. Apesar de pagar rigorosamente meus tributos em dia, não disponho da contrapartida do gerenciador público do nosso dinheiro. Hoje, às 2 horas, moradores da Rua dos Pinheirais em Nova Parnamirim, tivemos que ficar em estado de alerta, pois em pouco menos de 30 minutos de chuva observamos as nossas casas inundadas, submetidos a riscos de adoecimento (até cobra apareceu dentro das casas) sem falar no stress psicológico submetido pela iminência da destruição de patrimônio conseguido com grande esforço pela pesada carga tributária que pagamos.
Se não é Deus que nos socorre, as autoridades infelizmente empossadas por anuência nossa não nos acodem. Liguei para o 190 na esperança de encontrar socorro, do outro lado, trabalhadores como nós, cordialmente me retornam indagando da possibilidade da ocorrência de risco (?idosos ou criança para transportar??) graças a Deus não chegamos a tanto, mas não se pode fazer nada...
Pergunto: o que está indo para César é literalmente para ele? Cadê o investimento no povo que bienalmente confiam o nosso Estado a vocês Césares?
Gritamos por nossos direitos de morar, de ir e vir, de educação, de segurança de saúde no seu conceito mais ampliado. Mas como tê-la se depois de 12 horas de trabalho não podemos dormir, pois temos que vigiar os nossos bens, sem desconsiderar a questão da segurança pública, ainda nos resta ser vítima do processo de expansão de uma cidade que cresce sem estrutura para conviver com a natureza que infelizmente ?geme em dores de parto?? Desta natureza fazemos parte senhores Césares, nós os humanos que vivemos e sentimos com intensidades variadas estas dores. Procuramos remédio, pelo qual pagamos caro, e ele não nos é dado.
É preciso desmoronar, é preciso morrer para que os gritos sejam ouvidos?
Vários foram as formas de gritar: a imprensa nos emprestou suas letras e seus microfones, a internet também nos ofereceu espaço, porém está sendo baixo o grito, não obtemos respostas concretas.
Precisamos ser ouvidos, pois do lado de cá estamos não só a contemplar, mas a nos indignar pela falta de zelo pelo que é do povo.
Graças a Deus e só a ele, o povo tem VOZ, muito embora não respeitada, mas em alguns momentos pode se transformar em CORO e poderá ser ouvida.
César, devolva ao povo o que é do povo, pois esta moeda não tem a sua Cara.
Texto: Maria das Graças Xavier da Silva
A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR, E A DEUS O QUE É DE DEUS.
Pagar impostos é o nosso dever, e os nossos direitos quais são?
Ao fim do prazo da Receita Federal para cobrança do Imposto de Renda e ainda dolorida e revoltada com a ferida da mordida do Leão, sou obrigada a levantar-me às 2 horas da manhã, para proteger as poucas posses, fruto do suor de uma família brasileira, e passo a refletir algumas questões, há muito engasgadas no íntimo de muitos de nós.
Trabalhar para enriquecer alguns é o destino de muitos de nós brasileiros. Quando abro o meu caderno de anotações das despesas e gastos domésticos, que com muita responsabilidade listo o que é de Deus (sustento da família) e o que é de César (impostos diretos IPTU, IPVA, IR, sem falar nos indiretos) vejo que não me sobra para viver dignamente. Apesar de pagar rigorosamente meus tributos em dia, não disponho da contrapartida do gerenciador público do nosso dinheiro. Hoje, às 2 horas, moradores da Rua dos Pinheirais em Nova Parnamirim, tivemos que ficar em estado de alerta, pois em pouco menos de 30 minutos de chuva observamos as nossas casas inundadas, submetidos a riscos de adoecimento (até cobra apareceu dentro das casas) sem falar no stress psicológico submetido pela iminência da destruição de patrimônio conseguido com grande esforço pela pesada carga tributária que pagamos.
Se não é Deus que nos socorre, as autoridades infelizmente empossadas por anuência nossa não nos acodem. Liguei para o 190 na esperança de encontrar socorro, do outro lado, trabalhadores como nós, cordialmente me retornam indagando da possibilidade da ocorrência de risco (?idosos ou criança para transportar??) graças a Deus não chegamos a tanto, mas não se pode fazer nada...
Pergunto: o que está indo para César é literalmente para ele? Cadê o investimento no povo que bienalmente confiam o nosso Estado a vocês Césares?
Gritamos por nossos direitos de morar, de ir e vir, de educação, de segurança de saúde no seu conceito mais ampliado. Mas como tê-la se depois de 12 horas de trabalho não podemos dormir, pois temos que vigiar os nossos bens, sem desconsiderar a questão da segurança pública, ainda nos resta ser vítima do processo de expansão de uma cidade que cresce sem estrutura para conviver com a natureza que infelizmente ?geme em dores de parto?? Desta natureza fazemos parte senhores Césares, nós os humanos que vivemos e sentimos com intensidades variadas estas dores. Procuramos remédio, pelo qual pagamos caro, e ele não nos é dado.
É preciso desmoronar, é preciso morrer para que os gritos sejam ouvidos?
Vários foram as formas de gritar: a imprensa nos emprestou suas letras e seus microfones, a internet também nos ofereceu espaço, porém está sendo baixo o grito, não obtemos respostas concretas.
Precisamos ser ouvidos, pois do lado de cá estamos não só a contemplar, mas a nos indignar pela falta de zelo pelo que é do povo.
Graças a Deus e só a ele, o povo tem VOZ, muito embora não respeitada, mas em alguns momentos pode se transformar em CORO e poderá ser ouvida.
César, devolva ao povo o que é do povo, pois esta moeda não tem a sua Cara.
Texto: Maria das Graças Xavier da Silva