O mercado audiovisual brasileiro está em alta, tanto na renda quanto no número de pessoas nas salas de exibição, de acordo com os números divulgados hoje (6) pela Agência Nacional do Cinema (Ancine). No primeiro trimestre de 2015, a renda acumulada do setor registrou alta de 23,2%, em relação ao mesmo período do ano passado, com a arrecadação de R$ 568 milhões nas bilheterias de todo o país.
O crescimento do público chegou a 18,1%, na comparação com o primeiro trimestre de 2014. O público nas salas de cinema alcançou 43,4 milhões espectadores, segundo o Informe de Acompanhamento de Mercado de Salas de Exibição, documento publicado pela Ancine.
Os dados mostram que o crescimento se deve, principalmente, ao desempenho dos filmes estrangeiros, que apresentaram um incremento de público de 28,5% em relação ao primeiro trimestre de 2014 e tiveram a maior quantidade de bilhetes vendidos em um período de três meses desde 2009.
Com uma participação de 12,8% no total do público, o que soma 5,6 milhões de espectadores, os filmes brasileiros registraram um desempenho negativo em relação ao primeiro trimestre de 2014. Houve queda de 23,7% no público e de 18,1% na renda, que somou R$ 67 milhões, contra R$ 82 milhões nos primeiros três meses de 2014.
Mesmo assim, o filme brasileiro Loucas para Casar, estrelada por Ingrid Guimarães e Tatá Werneck, foi a segunda maior bilheteria do trimestre, levando 3, 7 milhões de espectadores ao cinema e acumulando uma renda de R$ 45 milhões. Entre os estrangeiros, três filmes superaram a marca de três milhões de espectadores: Cinquenta Tons de Cinza, Bob Esponja: um Herói Fora d'Água e Os Pinguins de Madagascar.
De acordo com o informe da Ancine, o primeiro trimestre de 2015 foi marcado por um crescimento do parque exibidor brasileiro, que hoje atinge 2.870 salas. Sete complexos cinematográficos foram inaugurados no período, totalizando 22 novas salas, e três foram reabertos, com mais 16 salas.
Um complexo já existente ampliou o número de salas, adicionando mais três telas. Todas as salas inauguradas, reabertas ou ampliadas funcionam com projeção digital, que hoje já chega a 74,1% do parque exibidor brasileiro.
AGÊNCIA BRASIL