Cobertura: Veja como foi a primeira noite do MADA 2016

Primeira noite do MADA marcou retornos históricos e grandes performances movidas a rimas e guitarras

De Jubarte Ataca a Planet Hemp, shows foram marcados pela diversidade sonora, com ênfase para o rap e rock

A primeira noite dos 18 anos do festival Mada – Música Alimento da Alma – foi um baile de diversidade sonora, com trilhas para todos os gostos. O público presente na espaçosa área externa do estádio Arena das Dunas recebeu de mente aberta os sons que as atrações da sexta-feira ofereceram. Os dois palcos, bem próximos às pessoas, ajudaram na comunicação dos artistas com a plateia. Os shows foram apresentados pontualmente, com rápidas trocas de palcos, sem pausa para respirar.

            O público ainda chegava à Arena das Dunas quando o power trio natalense Jubarte Ataca já atirava seus acordes dançantes de rock inspirado em trilhas sonoras de Filme B e surf music sem praia. Trilha que mudou rapidamente para o hip hop com sotaque potiguar do Time de Patrão, um som que levanta ao fundir beats pesados com a cintura solta do reggae e do raggamuffin.

            Luiz Gadelha e Os Suculentos já encontrou um público animado para apresentar seu rock/pop cantando em bom português, com pitadas de MPB. "Antigamente eu achava que era brega dizer 'eu te amo' numa canção, mas que nada, é uma maravilha!", declarou o vocalista da banda, entre canções cheias de ganchos ideias para tocar no rádio.

Os capixabas do André Prando, banda que entrou na programação após vencer seletiva do Mada, fez jus à sua presença, tocando um rock de inspirações psicodélicas, com várias citações a Pink Floyd, Raul Seixas e Sérgio Sampaio. Os vocais em português  aproximou bem a música do público.

            Uma das novidades da noite – e da música brasileira atual – o paraense Jaloo  entrou encapuzado no palco, enquanto graves e percussivas linhas sintéticas de baixo anunciaram sua música dançante, global e ao mesmo tempo de sabor regional. Jaloo desceu do palco, foi carregado pelo público, dançou, rebolou e tocou seus synths, escudado por mais dois músicos que formatavam seus beats ao vivo. O paraense também cantou tecnobrega em inglês, fez um momento tecno/intimista a la Bjork, citou cantoras de carimbó, e saiu com mais alguns fãs na bagagem. Na plateia, um público jovem e renovado cantava todas as letras e até o conterrâneo cantor e compositor Felipe Cordeiro – que está em Natal para se apresentar com Fafá de Belém – foi conferir o show de Jaloo.

            O Far From Alaska fez um show para matar a saudade de tocar em casa, já que há dois anos a banda natalense mora em São Paulo. Bastante à vontade, a banda brincou com o público, enquanto disparava seu indie rock sujo e cheio de referências, do punk à garagem psicodélica e eletrônica. Em seguida, Emicida e banda fizeram um dos melhores shows da noite.

O rapper paulista repetiu a performance orgânica que fez no Mada de 2014. Percussão à frente, interagindo com os beats do DJ mais guitarra ao vivo. Emicida conduziu a plateia com seu carisma de MC, senso de humor, e alguns hits radiofônicos, como "Passarinhos". O parceiro Rael entrou no fim do show para encerrar com mais hits acessíveis e populares.

            Direto, curto e grosso, o Planet Hemp entrou no palco com vontade de tocar punk rock, HC (hardcore) e funk-metal como se estive em 1995. E estavam mesmo. A banda voltou aos tempos do primeiro álbum, "Usuário", e fez o show mais rock da noite. Teve rodas de pogo gigantes e velhos hits como "Legalize já" e "Dig, dig, dig", e versões para bandas parceiras, como Ratos de Porão e Nação Zumbi. Uma viagem no tempo movida a guitarras altíssimas.

               O Mada teve um dos maiores públicos desde que foi para a Arena. E se a primeira noite os shows foram marcados pela energia das vozes e guitarras, este sábado (24) promete ser cheia de personalidade e estilo com a MPB ensolarada de Pedro Mendes, o rock/folk/psicodélico do Fukai, os dubs de Luísa & Os Alquimistas, as guitarras bem humoradas de dona Cislene, o indie pop cheio de melodias do Plutão, o soul/funk remontado do fenômeno Liniker e Os Caramelows, o rap pra tombar de Karol Conka e o reggae pop do Natiruts. Os portões da Arena das dunas serão abertos a partir das 18h30 e os shows tem início as 19h40.

O MADA conta com patrocínios da Oi e Cosern/Neoenergia através da Lei Câmara Cascudo do Governo do Estado, Prêmio Funarte de Fluxo Contínuo para Festivais de Música Brasileira, Skol e Unimed Natal, através do Programa Djalma Maranhão da Prefeitura do Natal. O Festival também conta com apoio da Oi futuro.


ATRAÇÕES DE SÁBADO  

Pedro Mendes (RN)
Fukai (RN)
Luísa & Os Alquimistas (RN)
Dona Cislene (DF)
Plutão Já Foi Planeta (RN)
Liniker e Os Caramelows (SP)
Karol Conká (PR)
Natiruts (DF)

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Equipe FatoNovo Comunicação