FESTIVAL MADA: QUASE DUAS DÉCADAS APOSTANDO NA NOVA MÚSICA BRASILEIRA
Conheça um pouco mais sobre cada atração escalada para a edição comemorativa do Festival MADA
O cantor e compositor paulistano Liniker, de 20 anos, foi o primeiro nome anunciado, no começo do ano, para a edição comemorativa do MADA. Na ocasião, o artista tinha um EP lançado somente na Internet, com três músicas gravadas em formato caseiro. Bastou isso para ligar as antenas do Música Alimento da Alma. Oito meses depois, entre os milhões de visualizações nos vídeos das músicas "Caeu", "Louise du Brésil" e "Zero" e uma turnê com 80 shows, Liniker e a Banda Os Caramelows lançaram, na última sexta-feira, o disco completo "Remonta". E Natal será um dos primeiros lugares a ver o show completo deste artista diferenciado.
O artista é um dos nomes que integram esse recorte atualizado da música contemporânea brasileira apresentado pelo MADA, nos dias 23 e 24 de setembro, no pátio da Arena das Dunas. Com dois palcos idênticos, o festival mostrará novos momentos de Planet Hemp (RJ), que esteve no festival há nove anos; Karol Conká (PR), também em retorno ao festival depois de 2013; mais Emicida e Rael (SP), o músico e produtor paraense Jaloo, a banda Natiruts (DF). Do Rio Grande do Norte estão no line-up Fukai, Plutão Já Foi Planeta, Far From Alaska, Luís Cadelha e Os Suculentos, Time de Patrão, Luísa e Os Alquimistas, Pedrinho Mendes e Jubarte Ataca. Também foram escalados banda Dona Cislene, de Brasília, e o capixaba André Prando, vencedor da seletiva nacional.
O MADA conta com patrocínios da Oi e Cosern/Neoenergia através da Lei Câmara Cascudo do Governo do Estado, Prêmio Funarte de Fluxo Contínuo para Festivais de Música Brasileira, Skol e Unimed Natal, através do Programa Djalma Maranhão da Prefeitura do Natal. O Festival também conta com apoio da Oi futuro.
JALOO (PA)
O cantor, compositor e produtor Jaloo veio da cidade de Castanhais, no Pará, na onda do tecnobrega, mas se revelou uma figura diferenciada dentro desse regionalismo universal que colocou a Amazônia na música pop, ao incrementar seu trabalho com beats eletrônicos diferenciados e pitadas de música paraense e latina. Seu "brega sci-fi", como ele próprio define, chamou a atenção da crítica e Jaloo teve seu novo trabalho sob a chancela do produtor Carlos Miranda, em um projeto Skol Music. Depois do sucesso do EP "Insight" e dois clipes elogiados, Jaloo lançou seu primeiro álbum, "#1". Com direção artística de Carlos Eduardo Miranda e produção do próprio artista, o disco oferece uma sonoridade bem-acabada e rica em diferentes elementos. O disco contou com o reforço do produtor Kassin, que já trabalhou com artistas como Nação Zumbi, Los Hermanos e Caetano Veloso. Sucessos como a electro-funk "Odoia" e a bass music melancólica e reflexiva de "Ah! Dor!" estão entre os destaques do álbum.
EMICIDA (SP)
A primeira passagem de Emicida pelo MADA foi marcante. Em 2014, o rapper foi personagem de um encontro de gerações, ao lado do veterano do soul, Di Mello, e de outra lenda da black music, Gerson King Combo. Agora, um dos artistas mais atuantes da música brasileira retorna para mostrar seu novo álbum, "Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa", disco equilibrado que trata de temas como racismo, orgulho da negritude, violência, mas também amor e infância. Destaque a incendiária "Boa Esperança", "Sobre Crianças...", o reggae pop "Passarinhos", gravado em parceria com Vanessa da Mata, "Baiana", entre outros trabalhos.
RAEL (SP)
O rapper Rael, ex-"da Rima", seu antigo nome artístico, é de Grajaú, mesmo reduto de que gerou artistas como Criolo. Filho de pai sanfoneiro e súdito de Luiz Gonzaga, Rael desponta no cenário do hip hop com um rap sem fronteiras, onde dialoga com outros estilos como o samba, o reggae e outras influências herdadas da família. Seu primeiro disco solo – "Ainda bem que eu segui as batidas do meu coração" foi lançado pelo selo Laboratório Fantasma, pertencente ao rapper Emicida. Em 2014 lançou "Diversoficando". Entre as músicas de trabalho está o sucesso "Envolvidão", "Hoje é dia de ver", "Ela me faz", "Quizumba", entre outras.
LINIKER E OS CARAMELOWS (SP)
Liniker e os Caramelows apresentam uma mistura muito especial que mescla funk, soul e 'Música Preta Brasileira'. O artista de apenas 20 anos estourou no circuito da música independente pela internet: o EP "Cru" foi lançado no final de 2015 e em uma semana, um dos vídeos gravados "Zero", alcançou a expressiva marca de um milhão de visualizações. Com um repertório centrado no Soul e na Black Music, Liniker Barros – que também é compositor – junto com os músicos da banda Caramelows – Rafael Barone (baixo), William Zaharanszki (guitarra), Pericles Zuanon (bateria), Márcio Bortoloti (trompete) e Renata Éssis (backing vocal). O cantor e sua banda lançaram na última sexta-feira (16) o álbum Remonta, que contém treze músicas incluindo os três singles do EP totalmente "remontados". O disco foi gravado no Red Bull Station, em São Paulo, e conta com algumas participações de Tulipa Ruiz, Maria Bethânia, Ná Ozzetti, entre outros.
KAROL CONKÁ (PR)
Considerada uma das principais representantes do Rap feminino dos últimos tempos no Brasil, a curitibana Karol Conká ganhou destaque bem antes de lançar seu álbum de estreia. Os clipes oficiais dos singles ( "Boa Noite" e "Gandaia") já somavam mais de 1,5 milhão de visualizações no Youtube até lançar "Batuk Freak". O disco traz uma saudável mistura entre samples e instrumentação orgânica com batidas digitais ultra-dançantes, impressionando pelo domínio da matriz afro-brasileira. "Batuk Freak" faturou o Prêmio Multishow na categoria Artista Revelação e também marcou sua primeira participação no Festival Mada, na Ribeira. Com letras empoderadas, figurinos caprichados e muita atitude, Karol Konká ganhou o mundo. As músicas "Tombei", "É o Poder" e "Tô na Luta" mostram que a artista tem lugar garantido entre os grandes da música de vanguarda.
PLANET HEMP (RJ)
Eles estão de volta à praça. No ano em que o álbum "Usuário" completa duas décadas, a lendária banda de rap rock Planet Hemp celebrou este reencontro "pra valer". O retorno teve início em festivais como o Lollapalooza e recupera o repertório que marcou a trajetória de um dos grupos mais influentes do cenário nacional. A formação atual traz Bernardo (B Negão) e Marcelo D2 (ambos nos vocais), Nobru Pederneiras (guitarra), Formigão (baixo), Pedro Garcia (bateria). O show é centrado no algum de estreia, de 1995, que emplacou sucessos entre o público jovem, como "Mantenha o Respeito". "Legalize Já", que apesar de ter o videoclipe censurado, se transformou em hit. Destaque também para "Fazendo a Cabeça", "Deisdazseis/Dig dig dig (Hempa)" e a polêmica "Porcos Fardados", uma crítica à violência policial. O álbum vendeu mais de 140 mil cópias e ganhou Disco de Ouro. As letras que foram escritas há mais de uma década estão valendo até hoje. "Não é porque neguinho é profeta, é porque não mudou nada. Infelizmente", declarou B Negão para o jornal OGlobo. A banda também lançou "Os Cães Ladram mas a caravana não pára", "A Invasão do Sagaz Homem Fumaça".
ANDRÉ PRANDO (ES)
PLUTÃO JÁ FOI PLANETA (RN)
Uma das gratas surpresas do rock nacional, o Plutão Já Foi Planeta vem se destacando no ótimo cenário nacional com uma bem dosada mistura de pop, folk, indie pop. O quinteto potiguar, inclusive, chegou à final do reality show global Superstar e conquistou corações e mentes com sua música autoral delicada e romântica, sem ser piegas, e boa instrumentalização. A banda é formada por Natália Noronha, Sapulha Campos, Gustavo Arruda, Vitória de Santi e Khalil Oliveira. Eles já lançaram um disco de sete faixas, Daqui Pra Lá (2014), e estão agora em processo de composição e gravação do segundo álbum. Destaques do repertório são "Suma daqui" e "Você não é mais planeta", "viagem perdida".
FAR FROM ALASKA (RN)
O Far From Alaska é uma banda norte-rio-grandense de stoner rock formada em 2012, inicialmente apenas como um projeto de duo. Depois vieram os outros três membros, como projeto paralelo. Foi quando venceram o concurso Som Para Todos, que lhes garantiu o direito de abrir o Planeta Terra Festival. Elogiada por Shirley Manson, vocalista do Garbage, a banda sentiu que estava no caminho certo. No mesmo ano veio o primeiro EP, Stereochrome, com quatro faixas. O EP foi pré-produzido em Natal, gravado no Estúdio Tambor no Rio de Janeiro com produção de Pedro Garcia e mixado por Chris Hanzsek em Seattle. Dois anos depois foi lançado o álbum modeHuman, pela Deckdisc com o clipe de "Dino vs. Dino", gravado nas Dunas do Rosado, em Porto do Mangue-RN . Em 2014 Emmily Barreto (vocal), Cris Botarelli (Sintetizador, lap steel e vocal), Rafael Brasil (guitarra), Edu Filgueira (baixo e backing vocal) e Lauro Kirsch (bateria) mudaram-se para São Paulo. Mais festivais importantes passaram pelo currículo, como o Lollapalooza Brasil. Em 2016, foram premiados em Cannes (França) no festival Midem, uma das maiores feiras voltadas à indústria musical do mundo. A banda saiu vencedora na categoria "We are the future" (artista revelação) na primeira edição do International Midem Awards.
JUBARTE ATACA (RN)
Mais uma potiguar em grande visibilidade nacional, Jubarte Ataca assinou recentemente com o selo Baratos Afins (SP), uma das gravadoras independentes mais renomadas do Brasil. A banda é garage punk e surf music "tocada na velocidade da luz", como definiu a crítica da revista Rock Press. Guitarra, baixo, bateria, reverb e fuzz; é cinema grindhouse e junkfood, que saem da mente desocupada de Daniel Dantas (baixo), Joaquim Dantas (bateria) e Diego Vinícius (guitarra). Depois de 02 lançamentos ("O bonito, o habilidoso e Joaquim" e o CD split "Reverb vs. Fuzz", junto aos paraibanos Os Fuzzíveis), a banda lançou, em 2013, seu álbum de estréia, "A invasão das temíveis válvulas termiônicas" (independente). Em 2015, foi lançado o EP "Falso", que ganhou uma versão full no ano seguinte – agora intitulado "Falso + 4".
PEDRO MENDES (RN)
FUKAI (RN)
Fukai, uma das revelações da música potiguar, chega com uma lufada de renovação. O álbum de estreia, Abaeté, está entre várias listas de discos do ano passado. A banda mostra um rock clássico com letras contemplativas, vocais harmoniosos e uma pitada de psicodelia e progressivo que remete ao rock rural dos anos 1970, com referências aos Mutantes a Clube da Esquina. O grupo surgiu no segundo semestre de 2012 e é formado atualmente por João Paulo (baixo), Rodolfo Almeida (guitarra e voz), Vinícius Menna (guitarra, voz e gaita), Flávio Dado (bateria) e Arthur Porpino (percussão). Este ano, a banda integrou a coletânea nacional Novíssima Música Brasileira, lançada pela Sony Music, com a canção "Um Rio". Outras faixas do repertório do grupo são "Vejo Luz", "A Estrada", "Besouro", "Som Colorido", "Dime Tu" e outras.
LUÍSA & OS ALQUIMISTAS (RN)
Luísa & Os Alquimistas estão de volta ao MADA. A cantora Luísa Guedes e banda participaram em 2015 e de lá para cá lançaram o álbum "Cobra Coral", uma mistura dançante, construída a partir de vários ritmos, com destaque para a música eletrônica jamaicana e a música latina, principalmente a cúmbia. O grupo é formado por Luísa Guedes (vocal) Renan Amantéia (bateria), Pedras Leão (baixo), Zé Caxangá (guitarra) e Gabriel Souto (guitarra e percussão) que produziu o disco. A banda cantar em português, francês e inglês. Destaques para as canções "Terceiro Mundo", "Pirate Dream", "Gitana", "Veneno", "Avec PLaisir". Foto: Som Sem Plugs
LUIZ GADELHA E OS SUCULENTOS (RN)
Procedente da chamada MPB alternativa, Luiz Gadelha já é um jovem veterano da música potiguar. A frente de vários álbuns gravados em parceria coma cantora e compositora Simona Talma, Gadelha já integra as melhores listas e seus trabalhos marcam presença no recente livro "100 discos do Rock Potiguar (para escutar sem precisar morrer)". Além disso, é compositor de vários outros artistas da cidade. O artista lançou ano passado o álbum "Sufocante", ao lado da banda Os Suculentos. O trabalho com nove músicas já sai com cara de que vai ser grande. São músicas maduras, embaladas em sonoridades pop com pingos de indie e eletrônica sutil, jogando a favor da narrativa sobre amor e comportamento muito bem construída na letras de Luiz Gadelha e seus parceiros. Foto: Diego Marcelo.
TIME DE PATRÃO (RN)
Time de Patrão é um grupo potiguar de rap formado por Koala Loko (MC), Breno Slick (MC), Mano Edu (MC), S Black (vocal), e DJ Stone. O grupo surgiu na cena hip hop potiguar em 2013 a partir da fusão de outros grupos Alcateia e Drão. Entre as músicas mais conhecidas estão "A Quebrada Caxiou", "Vem pra noite princesa", "Na Missão das Notas", que tratam de temas cotidianos dos bairros periféricos.
NATIRUTS (DF)
Formada em Brasília há 20 anos, defende o reggae de raiz, mas incorporou ao som uma grande influência da MPB. Quando ainda chamava-se Nativus, o grupo vendeu 40 mil discos independentes com o sucesso "Presente de um beija-flor", até ser contratada pela EMI. A nova edição do disco, Nativus, vendeu 450 mil cópias. O segundo disco, "Povo brasileiro", foi produzido por Liminha e, como o reggae de Bob Marley, tem músicas com mensagens de alto teor político, como "Proteja-se e lute" e "Povo brasileiro". Atualmente, a banda Natiruts conta com Alexandre (voz e guitarra), Juninho (bateria) e Luis Mauricio (baixo e vocal). Já lançou nove discos, fazendo bastante sucesso pelo país com canções como Presente De Um Beija-Flor, Liberdade Pra Dentro Da Cabeça e Natiruts e Reggae Power. A banda gravou recentemente a versão da canção "Dou não dou", clássico de Djavan e lançou o vídeo inédito de "Malandrinha", com os vocais de Edson Gomes. O clipe foi gravado ao vivo, em Salvador, durante a gravação do DVD "Natiruts Reggae Brasil", de 2015.
DONA CISLENE (DF)
Programação:
SEXTA-FEIRA (23)
Jubarte Ataca (RN)
Time de Patrão (RN)
Luiz Gadelha e Os Suculentos (RN)
André Prando (ES)
Jaloo (PA))
Far From Alaska (RN)
Emicida/ Rael (SP)
Planet Hemp (RJ)
SÁBADO (24)
Pedro Mendes (RN)
Fukai (RN)
Luísa & Os Alquimistas (RN)
Dona Cislene (DF)
Plutão já Foi Planeta (RN)
Liniker e Os Caramelows (SP)
Karol Conká (PR)
Natiruts (DF)
Com informações da Assessoria





