Alerta: fim do inverno é o período de maior incidência de catapora

Principais complicações nos casos severos ou tratados inadequadamente, são a encefalite, a pneumonia e infecções na pele e ouvido.2

Imagem: Hippo Drs. 
A catapora, ou varicela, é uma doença imunoprevenível altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zóster, que acomete principalmente crianças. A transmissão pode ser pelo contato com o líquido da bolha formada na pele ou pela tosse, espirro e saliva ou por objetos contaminados pelo vírus.2

A varicela pode ocorrer durante o ano todo, porém observa-se um aumento do número de casos no período que se estende do fim do inverno até a primavera (agosto a novembro), sendo comum, neste período, a ocorrência de surtos em creches e escolas. O risco de transmissão de varicela existe em qualquer lugar do mundo, especialmente nas áreas urbanas com grandes aglomerados populacionais.1

Entre 2000 e 2013, o Brasil registrou 7.113 casos de catapora. O maior número de notificações da doença (2.097) foi na região nordeste, correspondendo a 29,4% dos casos. Em seguida, a região sudeste com 1.794 (25,2%) e a centro-oeste com 993 (13,9%). O ano de 2013 apresentou o maior registro de casos de catapora (857), contra 181 no ano 2000, que obteve o menor índice.3

Prevenção

Uma forma de evitar a catapora é com a vacinação contra a doença. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina contra a varicela: a primeira aos 12 meses e a seguinte a partir dos 15 meses de idade, com um intervalo de 3 meses da primeira dose.4-5

Sintomas

Os sintomas da catapora, em geral, começam entre 10 e 21 dias após o contágio da doença. Além de manchas vermelhas e bolhas no corpo, a doença também causa mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre baixa. As bolhas surgem inicialmente na face, no tronco ou no couro cabeludo, e se disseminam pelo corpo, se transformando em pequenas vesículas cheias de um líquido claro. Em poucos dias o líquido escurece e as bolhas começam a secar e cicatrizam. Este processo causa muita coceira, e as lesões na pele podem ser infectadas pelas bactérias das unhas ou de objetos utilizados para coçar.2

Evolução do quadro

O período de incubação é de 4 a 16 dias e a transmissão se dá entre 1 a 2 dias antes do aparecimento das lesões de pele e até cerca de 6 dias depois, quando todas as lesões normalmente se encontram na fase de crosta. Deve-se afastar a criança da creche ou escola por cerca de 7 dias, a partir do início do aparecimento das manchas vermelhas no corpo.2

Tratamento

No tratamento da catapora, em geral, são utilizados medicamentos específicos recomendados pelo médico para aliviar a dor de cabeça, baixar a febre e aliviar a coceira. Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos apenas com água e sabão. Para diminuir a coceira, o ideal é fazer compressa de água fria. As vesículas não devem ser coçadas e as crostas não devem ser retiradas. 2

Mitos e verdades sobre a Catapora

A Dra. Evely Tanaka, Gerente Médica de Vacinas da GSK esclarece alguns mitos e verdades sobre a catapora:

1) Somente crianças podem contrair catapora

Mito: apesar de mais comum em crianças, qualquer pessoa pode contrair a doença ao longo da vida.6

2) Quem teve catapora pode ter herpes zóster no futuro

Verdade: qualquer pessoa que teve catapora em algum momento da vida pode desenvolver herpes zóster. Uma vez adquirido o vírus, a pessoa fica imune à catapora. No entanto, esse vírus permanece em nosso corpo a vida toda e pode, ou não, ser reativado e causar o Herpes-Zoster, conhecido também como cobreiro.2

3) Adultos não podem tomar a vacina

Mito: A vacina está indicada também para adultos que estejam susceptíveis e que não tenham contraindicações.6

4) Pode-se contrair catapora mais de uma vez

Verdade: Geralmente quem teve catapora fica imune, porém, em casos raros uma pessoa que já teve a doença pode não ficar imune, especialmente os imunocomprometidos.7

5) Todas as marcas de catapora na pele são permanentes

Mito: Geralmente as lesões evoluem para a cura mas algumas pequenas cicatrizes podem permanecer indefinidamente.6

6) Coçar a pele favorece a infecção bacteriana secundária

Verdade: Coçar as lesões pode favorecer infecções secundárias, que são as principais causas de internação de pessoas com varicela. A complicação mais comum é a infecção da pele, em geral pela introdução de bactérias nos ferimentos através da coçadura.6

7) Se a gestante já teve a doença, o bebê não precisa ser imunizado

Mito: a imunidade transferida para o feto pela mãe que já teve varicela, assegura, na maioria das vezes, proteção até 4 a 6 meses de vida extrauterina. 4-5-8

8) A contaminação é feita pelo ar

Verdade: o contágio acontece por via respiratória, mas também através do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro e saliva ou por objetos contaminados pelo vírus.2

9) Crianças com catapora podem adquirir pneumonia

Verdade: as principais complicações da catapora, nos casos graves ou tratados inadequadamente, são a encefalite, a pneumonia e infecções na pele e ouvido.2

10) Gestantes não podem tomar a vacina

Verdade: a vacina contra a varicela está contraindicada durante a gravidez.8,9

Sobre a GSK

Uma das indústrias farmacêuticas líderes no mundo, a GSK está empenhada em melhorar a qualidade de vida humana permitindo que as pessoas façam mais, sintam-se melhor e vivam mais. Para mais informações, visite www.gsk.com.br.

Referências:


1. CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Varicela. Disponível em: <http://www.cives.ufrj.br/informacao/varicela/var-iv.html>. Acesso em: 29 jun. 2017.

2. BRASIL. Blog da Saúde. Doenças da infância: catapora, 2015. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/35092-doencas-da-infancia-catapora.html>. Acesso em: 16 mar. 2016.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Situação epidemiológica – dados, 27 março 2014. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/776-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/varicela-herpes-zoster/11497-situacao-epidemiologica-dados>. Acesso em: 06 out. 2016.

4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2017. Disponível em: http://www.sbp.com.br/src/uploads/2017/06/19717g-DocCient-Calendario-Vacinacao-2017.pdf . Acesso em: 29 jun. 2017.

5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da criança: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2016/2017. Disponível em: <http://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca-2016-17.pdf>. Acesso em: 06 out. 2016.

6. CASTIÑEIRAS,TMPP. et al. Varicela. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES . Disponível em: <http://www.cives.ufrj.br/informacao/varicela/var-iv.html>. Acesso em 24 maio 2016.

7. Centers for Disease Control and Prevention. Varicella - Centers for Disease Control and Prevention. Pinkbook 2012; 1: 1

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 816 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2016.

9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2016/2017 (atualizado até 28/10/2016). Disponível em: <http://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante-2016-17.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2016.