Potiguar presenciou terremoto em Marrocos e relata 'Nunca imaginei passar por isso na minha vida'

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Uma delegação do Geoparque Seridó do Rio Grande do Norte estava no Marrocos na noite da última sexta-feira (7) e testemunhou o terremoto de magnitude 6,8 que atingiu o país, causando a trágica perda de pelo menos 800 vidas. Os membros da comitiva estão em Marrakech para participar da X Conferência Internacional de Geoparques da Unesco.

Felizmente, os quatro representantes do Geoparque Seridó estão em segurança e não sofreram ferimentos. Eles compartilharam sua experiência com o portal G1, descrevendo que haviam acabado de jantar por volta das 23h quando sentiram os tremores.

"Acabávamos de terminar o jantar e estávamos retornando aos nossos respectivos hotéis. Logo antes de pegarmos os táxis, sentimos o primeiro tremor mais intenso. Vimos os muros balançarem e, por isso, procuramos abrigo em um local aberto, numa praça. A partir desse momento, percebemos a magnitude dos estragos", relatou Matheus Lisboa, coordenador científico adjunto do Geoparque Seridó.

"Presenciamos uma grande quantidade de poeira subindo, pessoas desesperadas correndo, e ficamos nas ruas por algumas horas. Somente após isso, a dona do hotel em que estávamos hospedados nos convidou para se abrigar na casa de sua família, mais afastada do centro da cidade, onde permanecemos até a manhã deste sábado", acrescentou ele.

Silas Maciel, coordenador de comunicação e marketing do Geoparque Seridó, descreveu a sensação como um "tremor muito intenso". Ele compartilhou: "Muros e destroços começaram a cair, as pessoas correndo pelas ruas". Devido a danos estruturais no hotel onde estavam hospedados, precisaram procurar um local alternativo.

De acordo com o G1/RN, a diretora executiva do Geoparque Seridó, Janaína Medeiros, expressou sua surpresa diante da experiência de vivenciar um terremoto de alta magnitude. Ela comparou a sensação a "surfando em ondas", descrevendo como a terra começou a tremer e como o grupo correu para encontrar abrigo em um local aberto, sem correr perigo de queda de objetos.

O geólogo Marcos Nascimento, coordenador científico do Geoparque Seridó, destacou que o grupo agora busca ajudar as pessoas do país em qualquer capacidade necessária. Ele afirmou: "Estamos todos bem e comprometidos em apoiar no que for melhor para esta população incrível".