Mulher é desqualificada do “Miss Brasil Mundo” por ser mãe?


Carla Cristina, representante do Acre no concurso "Miss Brasil Mundo", recentemente relatou ter sido desclassificada da competição devido ao fato de ser mãe. Em seu perfil no Instagram, ela destacou que sempre foi transparente quanto à sua condição de mãe durante o processo de inscrição e ainda teve que desembolsar a quantia de R$ 5 mil em taxas de participação.

Segundo Carla, seu título foi retirado simplesmente por ser mãe, apesar de ter questionado repetidamente se isso representaria algum problema. Ela alega que lhe foi solicitado para não expor o motivo real da desclassificação. Carla também compartilhou as dificuldades que enfrentou para arrecadar os fundos necessários para participar da competição, incluindo a venda de pertences pessoais e o apoio de patrocinadores.

Após ter o título de Miss Acre Mundo removido, Carla negociou o reembolso do valor pago e conseguiu reverter a decisão de desclassificação ao longo do dia. No entanto, questões sobre a política de participação de mães no concurso surgiram, com respostas conflitantes por parte da organização. Enquanto Carla afirma ter recebido informações positivas sobre a permissão de mães no concurso, o regulamento oficial do Miss Mundo estipula que as candidatas devem ser solteiras e sem filhos.

Carla também mencionou ter questionado o Concurso Nacional de Beleza (CNB), responsável pelo Miss Brasil Mundo, sobre a participação de mulheres casadas e/ou com filhos, e ter recebido respostas positivas. No entanto, o CNB, por meio das redes sociais, contradisse essa informação. O regulamento do Miss Mundo é claro em sua proibição de mães participarem da competição.

O coordenador local do concurso nega ter sido informado previamente sobre a maternidade de Carla. Segundo ele, se tivesse conhecimento dessa informação, Carla não teria sido aceita no concurso, pois isso violaria o regulamento. No entanto, Carla alega ter questionado o coordenador sobre essa regra e até mesmo apresentado evidências em forma de captura de tela.

Essa situação levanta questões sobre a transparência e a consistência das regras de participação nos concursos de beleza, bem como sobre a importância da inclusão e da diversidade nas competições desse tipo.