Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância!


Com a chegada do fim do ano e ás vésperas das tão esperadas férias de fim de ano, não há como não pensar em uma auto avaliação ou em uma breve retrospectiva. Ter a certeza de que todo nosso tempo, dinheiro, atenção e aplicações foram investidos corretamente pode ser o passo decisivo para continuarmos progredindo ou um fator de análise para redirecionarmos nossos comportamentos.

Nessas últimas semanas que antecedem o fim do ano, convido você amigo leitor, a refletir o quanto você investiu na sua educação ou na educação de seus filhos.

A educação não é apenas aquilo que a maior parte das pessoas recebe no seio familiar. Conforme o filósofo romano Sêneca, a educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida. Em nossa sociedade contemporânea onde o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele, a luta pelo acesso de qualidade tem sido imprescindível nas vidas de todas as pessoas como fator de desenvolvimento.

De acordo com pesquisas realizadas pelo IBGE, cada vez que uma pessoa completa uma etapa de estudo, sua remuneração aumenta cerca de 50%. O maior salto se dá com o diploma de um curso superior. Conforme os dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os profissionais de nível universitário ganham em média 128% mais do que quem fez somente o colegial.

Porém, ao contrário da lógica esperada, os altos recursos empreendidos em mensalidades e transporte escolares e cursos de língua estrangeira para suprir a falência dos sistemas de ensinos públicos, criam a falsa ilusão de que a educação é uma grande despesa para o brasileiro por ser um investimento que só se obtém a longo prazo. Desta forma, para algumas pessoas a educação ainda tem ficado como segundo plano na hora de realizar o “orçamento familiar”.

Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância” (Derek Bok, ex-reitor e 25º presidente da Universidade de Havard). Ao passo que faltam empregados graduados e qualificados, a maioria da população ainda é obrigada a sujeitar-se a subempregos, sem carteira assinada ou benefícios trabalhistas e com grande carga horária de trabalho, para ganhar salários muito baixos.

O melhor investimento de longo prazo que se pode fazer hoje é a educação. O “efeito diploma” é de vital importância para a colocação e inserção do profissional no mercado de trabalho e estudar é crucial para determinar a posição e o salário que podem conquistar, e isso nunca foi tão verdadeiro quanto agora.

E então caro leitor, como pretende investir seu tempo, dinheiro, atenção e aplicações em 2011?

“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces” Aristóteles

Até 2011