CTI Nordeste cobra a ministro solução para crise na malha aérea regional


A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado realizou, em Aracaju, na manhã desta sexta-feira (9), o Seminário de Desenvolvimento Regional e Turismo do Nordeste. O evento discutiu ações para o desenvolvimento do turismo nordestino.

Estiveram presentes no Seminário os ministros do Turismo, Gastão Vieira, da Integração Nacional, Fernando Bezerra, os senadores Antônio Carlos Valadares (proponente do evento), Lídice da Mata, Rodrigo Rollemberg e João Capiberibe, além de deputados federais e estaduais, secretários de turismo dos nove estados nordestinos, representantes da Embratur, da Confederação e da Federação Nacional do Turismo.

Para o Ministro do Turismo, Gastão Vieira, o Nordeste representa 50% de qualquer estratégia de turismo que o Governo Federal defina para o setor. "O sonho da metade dos brasileiros que decidem viajar é ir ao Nordeste, e a atividade da formação do Produto Interno Bruto (PIB) de cada estado está acima de 10%. Não tenho dúvidas de que o turismo no Nordeste representa uma região estratégica para o turismo do futuro que nós queremos construir", disse o ministro.

Encontro da CTI NE e MTur
Na tarde de ontem (8), os nove secretários de Turismo que formam a Comissão de Turismo Integrado Regional Nordeste (CTI-NE) estiveram reunidos no mesmo hotel em Aracaju para discutir estratégias para reverter o atual quadro de crise da malha aérea, além de proposições a serem sugeridas ao ministro do Turismo após o Seminário realizado nesta sexta.
Gastão Vieira se reuniu a portas fechadas com os secretários na tarde de hoje. Segundo o secretário de Estado do Turismo do RN e vice-presidente da CTI NE, Renato Fernandes, foi mostrado ao ministro o macro problema do turismo regional: a aviação comercial.
"Ficamos acordados de formatarmos um grupo de trabalho para discutir com o ministro Moreira Franco (Aviação Civil) o assunto. A ideia é que a pauta seja levada à ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e tenhamos, posteriormente, uma reunião com a presidenta Dilma".
Renato Fernandes destacou ainda o atual momento da CTI NE: "Cada vez mais a CTI justifica sua existência, que é a de fomentar a união entre os Estados nordestinos e a execução de projetos na área do turismo. Todos os pleitos formatados foram conjuntos. Essa é uma ação inédita entre as regiões brasileiras. Tenho orgulho em participar deste momento atual da entidade".
O titular da Setur RN enalteceu ainda o trabalho do presidente da CTI NE, o secretário de Turismo de Pernambuco, Alberto Feitosa, em aglutinar todos os secretários. "Tivemos ontem a reunião mais produtiva já realizada pela CTI. E o ministro Gastão se mostrou solícito em nos receber em uma sala fechada e sensibilizado pela nossa iniciativa", completou.
Afora a pauta relacionada à crise na malha aérea, também foi proposta a participação do Ministério do Turismo na confecção do Guia Quatro Rodas Nordeste, encartado na conceituada revista Viagens S/A, do Grupo Abril. O orçamento gira em torno de R$ 1,55 milhões. "É uma publicação é importante porque direcionada a um dos principais polos emissores de turistas ao Nordeste: São Paulo", ressaltou Renato Fernandes.

Reivindicações do Nordeste
Nesta mesma reunião, o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) escreveu carta aberta ao ministro de Aviação Civil, Moreira Franco. A carta foi entregue nesta sexta, durante reunião do Conselho Nacional de Turismo, ao secretário executivo do ministério, Guilherme Ramalho.

Entre os pontos destacados, os dirigentes estaduais de turismo alertam para os preços das tarifas aéreas, chamados de "proibitivos" no documento, e para os riscos de encolhimento da malha aérea nacional. "O nosso alerta é, principalmente, em defesa dos passageiros, os nossos turistas", diz a carta.

Eles reivindicam ainda, a retomada do Brazil Air Press, para que visitantes estrangeiros possam ter descontos ao adquirir passagem para múltiplos destinos brasileiros e sugeriram ainda a formatação de custos para o Querosene de Aviação (QAV), além de novas tarifas operacionais para os aeroportos.

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