Dilma diz não esperar vitória no primeiro turno

A presidente da República, Dilma Rousseff, candidata à reeleição, vota na Escola Estadual Santos Dumont, Rua Caeté, na Vila Assunção, em Porto Alegre (RS) (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), disse neste domingo (5) que não acredita em vitória no primeiro turno nestas eleições.
"Não trabalho com essa hipótese. Trabalho com dois turnos. [É] A hipótese com a qual eu tenho trabalhado desde o início das eleições", disse Dilma durante entrevista coletiva concedida nesta manhã em um hotel de Porto Alegre (RS).
Dilma, que vota na capital gaúcha, disse não ter preferências sobre quem irá enfrentar em um eventual segundo turno.
"Não sou eu que tenho que preferir, é o povo. Eu não sou instância. Quem decidirá é o povo (…) Não tenho como me decidir diante de um candidato ou de outro. Seria desrespeitoso, sobretudo no dia de hoje", disse a candidata minutos antes de se dirigir à Escola Estadual Santos Dumont, na zona Sul de Porto Alegre, onde ela vota.

Mudança pacífica

A presidente disse ainda que acredita que, apesar dos protestos por mudanças em 2013, o eleitorado vai optar pela continuidade do governo petista.
"Eu tenho clareza que, nos últimos 12 anos, nós transformamos o Brasil pacificamente. Um país que tinha mais da metade da sua população pobre e muito pobre em 2002, e que hoje, de cada quatro brasileiros, três estão na classe média pra cima, esse país mudou. E quem quer manter suas mudanças luta por elas", disse a presidente.
O domingo começou cedo para a candidata que, às 7h30, participou de um café da manhã com dirigentes e militantes do PT no Hotel Plaza São Rafael, no Centro Histórico de Porto Alegre. Entre as lideranças estavam o candidato à reeleição ao governo gaúcho, Tarso Genro (PT), e o candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT).
Ela deve embarcar nas próximas horas para Brasília, de onde acompanhará a apuração dos votos.
Segundo o instituto Datafolha, Dilma chega ao primeiro turno das eleições no ápice de se sua popularidade desde que as pesquisas de intenção de voto passaram a incluir a candidata Marina Silva (PSB), na segunda quinzena de agosto.
A inclusão de Marina ocorreu após a morte do então candidato Eduardo Campos (PSB), em um acidente aéreo na cidade de Santos, no dia 13 de agosto.
Segundo o Datafolha, Dilma e Marina chegaram a estar tecnicamente empatadas por três rodadas consecutivas de pesquisas (entre 29 de agosto e 10 de setembro). A partir da pesquisa de 19 de setembro, as duas candidatas passaram a se distanciar nas sondagens.
No dia 19 de setembro, Dilma aparecia com 37% das intenções de voto, enquanto Marina tinha 30%, e Aécio Neves, 17%. A partir daí, Dilma estabilizou-se com 40% das intenções de voto, patamar que manteve até a última pesquisa divulgada pelo instituto, no último sábado (4). A pesquisa tem margem de erro de 3 pontos percentuais.
UOL