Papa Francisco pede que as pessoas escutem e acolham os refugiados


"Os refugiados são pessoas como todos os outros, mas de quem a guerra levou casa, trabalho, parentes, amigos", argumentou o pontífice , disse Papa Francisco àss vésperas do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho) Angelo Carconi/Ansa/Agência Lusa

Às vésperas do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho), o papa Francisco convocou seus seguidores a ajudarem os refugiados que fogem das guerras em seus países de origem. "Você tem que encontrá-los, ouvi-los e recebê-los", disse hoje (19) o papa ao mencionar o tema deste ano para a data promovida pelas Nações Unidas: "Com os refugiados – somos parte de quem é forçado a fugir". O pronunciamento do pontífice foi feito da janela do Palácio Apostólico para os fiéis na Praça de São Pedro.

"Os refugiados são pessoas como todos os outros, mas de quem a guerra levou casa, trabalho, parentes, amigos", argumentou o pontífice. “Suas histórias e suas faces nos chamam para renovar o esforço e construir a paz na Justiça. Por isso queremos estar com eles; encontrá-los, acolhê-los e escutá-los para, juntos, construirmos a paz segundo a vontade de Deus". Nesta semana o Vaticano recebeu pela segunda vez um grupo de refugiados sírios acolhido pela Santa Sé e pela comunidade de Santo Egídio.

A primeira visita ocorreu em abril, quando um grupo de 12 sírios muçulmanos refugiados chegou a Roma. No segundo grupo de refugiados havia nove pessoas – duas delas católicas. Eles chegaram à capital italiana vindos de um campo de refugiados da ilha grega de Lesbos, região que foi visitada há dois meses pelo papa.

O Dia Mundial do Refugiado foi instituído em 2000 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, e começou a ser celebrado em 2001. A data chama atenção para os problemas vividos por milhões de pessoas que forçosamente são obrigadas a deixar suas casas para fugir de guerras, conflitos e perseguições. Atualmente há um grande fluxo de refugiados vindos de zonas de conflitos localizadas principalmente na Síria, no Afeganistão, na Somália, no Iraque e Sudão.

Pedro Peduzzi* - Reporter da Agência Brasil
*Com informações da Telam
Edição: Valéria Aguiar