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No final dos anos 60, Manson dirigiu a seita que perpetrou vários homicídios violentos em bairros luxuosos de Los Angeles
Um dos criminosos mais famosos dos Estados Unidos Charles Manson, líder de uma seita que nos anos 1960 matou várias pessoas, morreu com 83 anos no domingo à noite, anunciaram responsáveis da administração penitenciária da Califórnia.
No final dos anos 60, Manson dirigiu a seita que perpetrou vários homicídios violentos em bairros luxuosos de Los Angeles (na costa oeste dos Estados Unidos), incluindo o da atriz Sharon Tate, mulher do realizador Roman Polanski. Sharon Tate tinha 26 anos e estava grávida. Foi esfaqueada 16 vezes pelos membros da seita.
Os homicídios - sete no total - desencadearam o pânico entre os residentes e chocaram a opinião pública mundial. O guru da seita "família Manson", foi condenado à morte em 1971, pena comutada para prisão perpétua.
Apesar das provas irrefutáveis, Manson defendeu estar inocente, durante o conturbado julgamento. O homicida culpava a sociedade: "Estas crianças que vos atacam com facas, são os vossos filhos. Vocês ensinaram-nas; eu não as ensinei. Apenas tentei ajudá-las a levantar-se", referiu em tribunal.
Debra Tate, irmã de Sharon, declarou ao 'site' especializado em celebridades TMZ ter sido informada, num telefonema de responsáveis da prisão, que Manson, há muito doente, morreu no domingo à noite.
A morte foi em seguida confirmada por fontes penitenciárias.
Juntamente com Charles Manson foram presas três das suas seguidoras: Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten. Um outro seguidor Charles "Tex" Watson, foi condenado mais tarde. Foram todos condenados à morte, pena substituída mais tarde pela prisão perpétua. Susan Atkins morreu na prisão, em 2009. Os restantes continuam presos.
Uma outra seguidora de Manson, Lynette "Squeaky" Fromme, tentou matar o presidente Gerald Ford, em 1975, mas a arma encravou. Foi condenada a prisão perpétua. Esteve presa 34 anos e foi libertada em 2009.
Leslie Van Houten era uma das suas seguidoras mais jovens e já pediu duas vezes para ser libertada, mostrando-se arrependida. Agora com 68 anos, Leslie disse, em setembro, na audição para a liberdade condicional, que quanto mais tempo passa, mais difícil é viver com o que fez. O painel recomendou a sua libertação, mas o governador pode rejeitar o pedido, como já fez anteriormente.
Segundo Leslie, Manson usava sexo, drogas, ouvia repetidamente o White Album, dos Beatles, e lia passagens da Bíblia para persuadir os seus seguidores que podiam lançar uma guerra racial entre brancos e negros através dos assassinatos, e que poderiam esconder-se no deserto atém esta terminar.
Charles Manson estava fascinado com a música "Helter Skelter", dos Beatles, que segundo ele previa uma guerra racial, embora a letra fale essencialmente de um parque infantil.
Como imagem de terror, Manson aparecia sempre com o cabelo despenteado e um X cravado na testa (que mais tarde se transformou numa suástica).
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