Algoritmos já apresentam capacidades além da previsão de cientistas

Evento do IEA discutirá inteligência artificial na biologia, medicina, cultura, direito e futuro da computação

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As máquinas já são capazes de desempenhar diversas atividades melhor do que o ser humano, graças ao uso dos algoritmos, que tornam o conceito de inteligência artificial cada vez mais próximo. Suas possibilidades e desafios serão tema do encontro A Máquina, Inteligência e Desinteligência: Utopia e Entropia à Vista, que acontece na próxima semana, no Itaú Cultural, parceiro do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP na iniciativa. Para saber mais sobre o evento e suas discussões, o Jornal da USP no Ar conversou com o professor José Teixeira Coelho Neto, coordenador do Grupo de Estudos Humanidades Computacionais do IEA e organizador do seminário.

Dividido em cinco painéis temáticos, o seminário discutirá a presença da inteligência artificial na biologia, medicina, cultura, direito e futuro da computação, e contará com a participação de importantes nomes da área. O professor esclarece que o foco do seminário será discutir as consequências práticas dos algoritmos na vida em comum.

O futuro e o controle da inteligência artificial também serão temas abordados, que podem ser vistos a partir de duas perspectivas: uma em que as máquinas ultrapassam em desenvolvimento o cérebro humano e não necessitam mais do homem, ou a possibilidade de controlar a expansão do conhecimento das máquinas, explica Coelho. O professor conta que em algoritmos genéticos, por exemplo, já foram desenvolvidas capacidades lógicas não previstas antes da indução de comandos pelo ser humano.

Outra questão presente no seminário é a relação entre o algoritmo e o campo da ética. Coelho afirma que a ética permeia todas as ações e relações do homem. Por isso, também afeta a área de inteligência artificial, com o questionamento de como definir os valores para as máquinas enquanto a própria humanidade desconhece ou não segue esses princípios.

JORNAL DA USP