As famosas "pautas" Bomba.
Novo governo quer evitar pautas-bombas, diz Eduardo Bolsonaro
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Depois de se encontrar com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse ontem (13) que a equipe de transição do novo governo quer evitar a aprovação no Congresso das chamadas pautas-bombas, como aquelas que podem aumentar as despesas para a administração federal. Segundo o deputado, a bancada do PSL e de outros partidos que “estiverem dispostos a dialogar” vão se articular para os projetos, que podem gerar mais gastos a partir do ano que vem, não sejam aprovados.
“A reunião aqui foi um alinhamento de ideias para fazer um canal, uma orientação que visa, principalmente, evitar a votação de pautas-bombas. Alinhar a comunicação para não ter qualquer tipo de ruído, algo normal nessa transição”, disse Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro
O deputado federal do PSL, Major Olímpio (SP), eleito senador, também participou do encontro no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), e disse que o foco da conversa foi as pautas que já estão em andamento na Câmara e no Senado, exceto a reforma da Previdência.
“Não é questão de preocupação, é simplesmente nós termos uma sintonia em relação aos projetos que estão sendo discutidos neste momento. Agora, estamos com verificação de votação lá para ver a orientação do grupo de transição para que a gente possa fazer a sustentação de apoiamento ou não a qualquer projeto que vá ser votado na Câmara e no Senado", disse.
Questionado sobre possíveis mudanças no projeto do Orçamento do próximo ano, que deve ser aprovado em dezembro pelos parlamentares, Eduardo Bolsonaro reiterou que o objetivo é impedir qualquer pauta que aprove subsídios, reajustes que gerem mais “sacrifícios” para o futuro governo. Ele citou como exemplos a aprovação recente dos projetos do Rota 2030, que alterou o regime tributário para o setor automotivo, e o que reajustou os salários dos ministros do Supremo Tribunal federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), e deve provocar um efeito cascata no Judiciário.
“Eu acredito que o papel do governo que está de saída é simplesmente equilibrar as contas e não gerar mais gastos colocando para o governo futuro uma situação de pior crise financeira”, disse o deputado reeleito.
Eduardo Bolsonaro informou que ainda hoje o pai deve conversar, por telefone, com os presidentes da Câmara e do Senado para tratar das pautas econômicas. Amanhã (14), Bolsonaro participará de um café da manhã com Rodrigo Maia.
Por Débora Brito - Agência Brasil
Edição: Carolina Pimentel