O governo de Jair Bolsonaro completou 600 dias de gestão. Para celebrar a data, o Palácio do Planalto elencou uma série de ações realizadas ao longo desses quase dois anos do mandato, a maior parte relacionada ao enfrentamento à Covid-19. Nesse período, o carro-chefe do governo federal foi a concessão do auxílio emergencial de R$ 600.
Pesquisa publicada pelo Instituto Datafolha, na última semana, constatou que a aprovação de Bolsonaro alcançou o melhor patamar desde o começo do seu mandato, subindo dos 32%, verificados na segunda quinzena de julho, para 37%. O levantamento também concluiu que a reprovação do governo caiu de 44% para 34% no mesmo período.
Analistas atribuem o resultado favorável principalmente ao pagamento do auxílio emergencial que, segundo o governo federal, alcançou 66,5 milhões de brasileiros. Diante disso, o presidente já confirmou a prorrogação do benefício por mais dois meses, com o valor ainda a ser discutido. Em vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro ressaltou a importância do auxílio e defendeu a reabertura do comércio em todo o país.
“Esse valor pode não ser muito para quem o recebe, mas é muito para o Brasil, que gasta por mês R$ 50 bilhões. O momento é de abrir o comércio com responsabilidade, voltar à normalidade e resgatar os empregos”, disse.
Nesta terça-feira (25), o governo deve anunciar a criação do programa Renda Brasil, que vai substituir o Bolsa Família. O novo programa prevê a elevação do benefício da média atual, que é de R$ 190 por mês para R$ 247. Para o cientista político Nauê Ribeiro, o governo federal vem trabalhando cada vez mais no aprimoramento de programas sociais, principalmente porque tem percebido que esse tipo de iniciativa possibilitou a ascensão de sua popularidade.
“Parece que houve uma percepção da área política do governo de que os programas sociais são uma fonte de popularidade e fazem com que as pessoas consigam não apenas sair da fome e da miséria, mas também aumenta a aprovação do presidente”, explica.
Economia
Em maio, a Caixa Econômica Federal criou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), linha de crédito que tem como objetivo garantir recursos a pequenos negócios e a manutenção dos empregos. O programa está disponível para as microempresas com receita anual de até R$ 360 mil e para microempreendedores que movimentam até R$ 81 mil. Além disso, também foram contempladas empresas de pequeno porte que faturam por ano até R$ 4,8 milhões.
No final de junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que a concessão de crédito a empresários por parte do governo federal foi insuficiente. Na última semana, foi publicada uma portaria que prorrogou o Pronampe por mais três meses.
Saúde
Em resposta à pandemia da Covid-19, que já chegou no sexto mês, o governo federal afirma que habilitou cerca de 12 mil leitos de UTI e distribuiu mais de 241 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Ao todo, o Palácio do Planalto alega que investiu R$ 41,7 bilhões no enfrentamento à doença.
Previdência
O governo Bolsonaro também se articulou para aprovar a Reforma da Previdência em outubro de 2019, no Congresso Nacional, após quase nove meses de tramitação. Entre outros pontos, a reforma estabeleceu uma idade mínima para que for se aposentar e pôs fim à aposentadoria baseada apenas no tempo de contribuição. O governo federal estima que a reforma possibilitará uma economia de R$ 855,7 bilhões aos cofres públicos nos próximos 10 anos.
Fonte: Brasil 61