Homem suspeito de matar torcedora do Palmeiras com garrafada é solto pela Justiça

 


A Justiça de São Paulo acatou o pedido do Ministério Público do Estado e determinou a liberação de Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo, suspeito de lançar uma garrafa contra Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras, no último sábado, dia 8. O promotor Rogério Leão Zagallo, ao fazer o pedido, questionou as declarações feitas pelo delegado César Saad, responsável pelo Departamento de Operações Policiais Estratégicas.


De acordo com o policial, Leonardo Felipe teria admitido ter arremessado a garrafa que atingiu e causou a morte de Gabriela. No entanto, imagens capturadas por outros torcedores durante o incidente mostram que o lançamento foi realizado por outra pessoa, descrita como um homem barbado usando uma camisa cinza.

Além de solicitar a soltura de Leonardo, Zagallo requereu a transferência da investigação para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Um argumento “brilhante” foi apresentado pelo promotor

A juíza Marcela Raia de Sant’Anna, em sua decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo, elogiou a argumentação “brilhante” do promotor e considerou lamentável a conduta do delegado César Saad, que teria mentido sobre a confissão do crime por parte de Leonardo Felipe.


“Tudo indica, portanto, que a garrafa que vitimou fatalmente Gabriella foi arremessada por outra pessoa que não o autuado, o que enseja a imediata revogação de sua prisão preventiva, com o prosseguimento das investigações para que o verdadeiro autor seja identificado, bem como para que eventual participação do autuado seja apurada”, afirmou a juíza.

Apesar da soltura, a magistrada estabeleceu medidas cautelares para o torcedor do Flamengo. Ele está proibido de deixar a comarca onde reside por mais de 8 dias consecutivos ou mudar de endereço sem informar à Justiça.

Em relação à conduta do delegado mencionado pela juíza e pelo promotor, bem como ao pedido de transferência do departamento que investiga o caso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que ainda não foi notificada da decisão judicial, mas cumprirá todas as determinações.

FONTE: O SEGREDO