
Neste domingo, Patu-RN testemunhou um momento histórico: dezenas de famílias atípicas se reuniram com um propósito comum — fundar a Associação das Famílias Atípicas de Patu. O encontro reuniu mães, pais, cuidadores e defensores da causa, todos em busca de acessibilidade efetiva, respeito e garantia de direitos para pessoas com deficiência e indivíduos no espectro autista.
Segundo o IBGE, Patu possui pouco mais de 11 mil habitantes. Destes, 8,4% são pessoas com deficiência e 1,4% apresentam algum diagnóstico dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Para Adriana Araújo, mãe atípica e uma das fundadoras da futura associação, esses números revelam a urgência de representatividade:
“É preciso que tenhamos voz, visibilidade e vez. Essa associação vai representar todos nós”, afirmou Adriana.
A reunião contou com presença de representantes dos poderes legislativo e executivo, como o vereador Marcondes do Sindicato, a secretária de saúde e primeira-dama Soraia Cortez — que também representa o prefeito Dr. Ednardo Moura — além de educadores, profissionais da saúde e uma equipe jurídica voluntária. Os advogados Dr. Eliaquim Rodrigues, Dra. Edygella Moura e Dra. Alyane Moura ofereceram orientações legais sobre a constituição da entidade.
Outro destaque foi a participação de Audênia Martins, presidente da Associação de Famílias Atípicas de Caraúbas-RN, que compartilhou experiências bem-sucedidas no município vizinho. Sua presença foi considerada inspiradora para o novo coletivo de Patu.
O apoio também veio de figuras públicas como o presidente da Câmara Municipal, Suetônio Moura, e o vereador Matheus Forte, reforçando o compromisso com políticas de inclusão.
Para o comunicador e ativista pcd Bruno Campelo, também sócio fundador, a associação já nasce com bases sólidas e parcerias importantes:
“Antes mesmo de ser criada, a nossa associação já conta com diversas parcerias. E iremos buscar cada vez mais, pois esta é uma causa urgente e que não pode e nem deve caminhar sozinha. Pelo contrário, tem que caminhar ao lado de toda a sociedade, fazendo valer o conceito de inclusão”, pontuou Bruno.

A criação da Associação das Famílias Atípicas de Patu marca um novo capítulo para o município — onde a inclusão deixa de ser discurso e passa a ser prática. Afinal, garantir direitos é um exercício coletivo que começa com organização e coragem para transformar realidades.
Com informações da Assessoria
Com informações da Assessoria