Pesquisadores dos Estados Unidos alcançaram um marco impressionante: conseguiram gerar embriões humanos em estágio inicial a partir do DNA retirado de células da pele. O experimento foi conduzido pela Universidade de Ciências e Saúde de Oregon e pode abrir caminhos revolucionários para tratamentos de infertilidade — inclusive permitindo que casais do mesmo sexo tenham filhos geneticamente ligados aos dois parceiros.
🔬 Como funciona a técnica?
Tradicionalmente, a reprodução humana depende da união entre o óvulo feminino e o espermatozoide masculino. Mas essa nova abordagem começa com algo bem diferente: a pele.
Os cientistas extraem o núcleo de uma célula da pele, que contém todo o material genético de uma pessoa.
Esse núcleo é inserido em um óvulo doador, previamente esvaziado de seu próprio DNA.
O processo é semelhante ao que foi usado para clonar a famosa ovelha Dolly nos anos 1990.
No entanto, há um desafio: o óvulo modificado já possui um conjunto completo de cromossomos, o que impede a fertilização direta. Para contornar isso, os pesquisadores induzem o óvulo a eliminar metade de seus cromossomos — um processo batizado de “mitomeiose”, que combina elementos das divisões celulares mitose e meiose.
🧠 Implicações e debates
Embora a técnica ainda esteja longe de ser aplicada em clínicas de fertilidade — podendo levar até uma década para amadurecer — ela já levanta questões éticas profundas. Especialistas pedem um debate público transparente sobre os limites e possibilidades dessa nova fronteira da ciência.
CNN