RN inicia vacinação contra Mpox para pessoas com HIV e baixa imunidade



A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap), em parceria com os municípios, iniciou a vacinação contra a Mpox (antiga varíola dos macacos) para grupos prioritários da população.

Neste primeiro momento, o público-alvo são adultos vivendo com HIV/AIDS que apresentaram contagem de linfócitos T CD4 abaixo de 100 células/mm³ nos últimos seis meses. Essas pessoas estão entre as mais vulneráveis a desenvolver formas graves da doença.

Onde se vacinar?

As pessoas que se enquadram nesse grupo devem procurar o Serviço de Assistência Especializada (SAE) onde já realizam acompanhamento médico. A equipe do SAE informará sobre a data e o local da vacinação.

Distribuição dos pacientes cadastrados

Segundo dados da Sesap, 127 pessoas com esse perfil estão cadastradas nos SAEs do estado:

● Hospital Giselda Trigueiro (Natal) – 64 pessoas

● Hospital Rafael Fernandes (Mossoró) – 26 pessoas

● Outras unidades de Natal – 25 pessoas

● Parnamirim – 5 pessoas

● São José de Mipibu – 1 pessoa

● Caicó – 2 pessoas

● Santa Cruz (Hospital Regional Aluízio Bezerra) – 1 pessoa

● São Paulo do Potengi – 1 pessoa

● Macaíba (Centro de Pesquisa Anita Garibaldi) – 1 pessoa


Como será a vacinação?

O esquema vacinal prevê duas doses da vacina. Após o descongelamento do imunizante, a validade é de 28 dias. A partir do 16º dia, se ainda houver doses disponíveis, o público será ampliado para:

Pessoas com HIV/AIDS com CD4 abaixo de 200 células/mm³ (209 pessoas cadastradas)

Usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV)

Profissionais de laboratórios que manipulam o vírus da Mpox


A iniciativa segue as recomendações do Ministério da Saúde, que adquiriu 25 mil doses do imunizante em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A quantidade é limitada em todo o mundo, por isso a vacinação segue critérios rigorosos.

O que é a Mpox?

A Mpox é uma doença viral causada pelo vírus MPXV e transmitida principalmente por contato direto com pessoas infectadas, secreções, lesões na pele, saliva e objetos contaminados, como roupas e toalhas.

Principais sintomas:

● Febre

● Inchaço dos gânglios linfáticos

● Lesões na pele (podem surgir no rosto, mãos, pés, boca, olhos e região genital)


Esses sintomas aparecem entre 3 e 21 dias após o contágio. A transmissão ocorre enquanto houver lesões ativas na pele, até que estejam completamente cicatrizadas.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito a partir de exames laboratoriais da secreção das lesões. Embora não exista tratamento específico, o acompanhamento médico é fundamental para o controle dos sintomas e prevenção de complicações.

Como se prevenir?

A principal orientação é evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou diagnóstico confirmado da doença. Em casos inevitáveis, é importante utilizar luvas, máscara, óculos de proteção e avental.

Além disso, pessoas infectadas devem ser isoladas imediatamente e não devem compartilhar objetos pessoais até o fim do período de transmissão.

 A vacinação contra a Mpox é mais um passo importante para a proteção dos grupos mais vulneráveis no RN. Fique atento às orientações da Sesap e procure o SAE caso esteja no grupo prioritário.

Fonte: G1