F1 quer mostrar velocidade real dos carros na televisão




Uma das dificuldades comuns de emissoras e equipes de transmissão de eventos esportivos é mostrar quão impressionante cada aspecto do esporte é de fato. Ao observar o espetáculo pela televisão nós não conseguimos notar e apreciar muito do que está acontecendo. Na Fórmula 1, por exemplo, não se tem dúvida que os carros vão muito rápido. Afinal de contas, a transmissão faz questão de mostrar que a velocidade máxima de cada carro quase sempre ultrapassa os 300km/h.
Mas falar uma velocidade é diferente de permitir que o telespectador realmente sinta a mesma. Se você perguntar qualquer pessoa que já teve a oportunidade de estar em um autódromo, todos dirão que os carros são extremamente velozes. Alguns até afirmarão que “parece muito mais rápido que na TV”. E a verdade é que realmente parece.
As câmeras e as técnicas de transmissão
O problema por trás de uma transmissão e do sentimento que a mesma passa a quem assiste a mesma está mais relacionado com as técnicas de gravação e os ângulos utilizados. Veja bem, uma câmera parada, filmando uma pista de maneira perpendicular será ótima para mostrar a velocidade. Os carros passaram pela sua tela de TV em menos de um segundo.
Será tudo tão rápido que você terá dificuldades em identificar dados básicos para entender o evento. Por exemplo, identificar a construtora será impossível. Patrocinadores também não terão sua marca visualizada e pode ter certeza que será impossível identificar qual o desenho do capacete.
Sabendo desta limitação técnica, as equipes responsáveis pela captação das imagens apostam em ângulos de gravação mais amplos e mais flexíveis. Ao invés de fixar a câmera em um ângulo perpendicular ao trecho, escolhe-se uma câmera móvel e, quando o carro passa a mesma acompanha o carro. Assim o veículo parece muito mais lento. Mas o telespectador saberá quem está no carro sem nenhuma dificuldade. Além de poder acompanhar disputas por posição e técnicas de pilotagem com mais facilidade.
E para o telespectador, é importante notar quem é o melhor piloto, qual carro apresenta as melhores condições, entre outros detalhes. Essas informações são cruciais para que o mesmo entenda as escolhas estratégicas tomadas ao longo da corrida. E esses dados também são essenciais caso o telespectador resolva fazer algum tipo de aposta. Se ele escolhe, por exemplo, fazer algum jogo no site Betboo apostas esportivas ou outro do gênero de palpites online, então ele  precisará de certeza que sua aposta tem fundamento. E nesse momento, o recurso de câmeras faz toda a diferença, já que é possível acompanhar as corridas em tempo real.

O problema da Fórmula 1
Até alguns anos atrás dificilmente este tipo de escolha geraria algum problema com quem assiste e acompanha o esporte. A sensação que os fãs do esporte vem tendo é que a administração do mesmo vem removendo o que torna a categoria interessante. Este sentimento saudosista não é novo, começou quando o câmbio que era totalmente manual passou a ter uma versão com trocas sequenciais. Nestes casos alegou-se que os carros ficariam mais rápidos.
Mas, com o passar do tempo outras tecnologias foram sendo adicionadas. E decisões nem um pouco populares tiveram que ser tomadas. Os motores que equipam os carros atuais são meros V6 de 1.6 litros. Totalmente diferente dos V12 de 3,5 Litros que equipavam os carros de Ayrton Senna e outros grandes pilotos nas décadas de 80/90. E nem é preciso ir tão longe, ainda em 2010 Rubens Barrichelo pilotava uma Williams equipada por um V8 que chegava a 19.000 rpm. O barulho do motor era sensacional e muitos têm saudade até mesmo desta época mais recente.
Logo, para melhorar a percepção que as pessoas têm do esporte, a adição de câmeras que captam melhor a velocidade dos carros parece ser uma ótima ideia. Isso não resolverá a sensação de nostalgia de algumas pessoas. A ideia que “no passado era melhor” é algo que tem, inclusive, explicação psicológica.
Mas talvez a Liberty, que detém os direitos de transmissão da F1, não está buscando apenas resgatar o público mais antigo. A empresa sabe que é necessário captar novos admiradores para o esporte. Somente assim será possível garantir que o esporte automobilístico mais veloz do mundo continue relevante e sustentável economicamente ao longo dos próximos anos.