Cerco de 22 horas, 100 policiais, 3 mil tiros e uma cidade em alerta: os detalhes da caçada ao criminoso mais procurado do RN

O programa Fantástico deste domingo (10) revelou os bastidores da operação que resultou na morte de Marcelo Bastos, conhecido como “Pica-Pau”, o criminoso mais procurado do Rio Grande do Norte

No dia 26 de julho, o município de Extremoz, famoso pela praia de Genipabu, viveu momentos de tensão. Foram 22 horas de cerco policial, com mais de 100 agentes mobilizados, incluindo equipes do BOPE e da CORE. O bairro Porta do Sol foi completamente isolado, e moradores se esconderam em casa, assustados com o som de tiros e explosões.

“Tinha mais policial do que morador na rua. Sniper em cima das casas, esquadrão de bomba”, relatou Jackson Casemiro, instrutor de trânsito.

🧠 Investigação e confronto

A operação começou com a investigação de um carro roubado. Ao chegar ao local, os policiais foram recebidos a tiros. “Derrubamos o portão, avisamos que era a polícia, e eles começaram a atirar”, contou o delegado Celso dos Santos Duarte.

Marcelo Bastos, de 32 anos, liderava a facção “Novo Cangaço”, uma dissidência do “Sindicato do Crime”. Ele era investigado por assaltos a bancos, roubos de veículos de luxo e envolvimento em pelo menos 14 homicídios em um único mês.

💥 Desfecho violento

Durante o cerco, a polícia tentou negociar a rendição de Pica-Pau, inclusive com a ajuda da irmã dele. Sem sucesso, o confronto terminou com a morte de Marcelo, sua namorada e um comparsa. A casa onde estavam foi destruída, marcada por mais de 3 mil disparos.

“Não havia qualquer intenção de se render”, afirmou o delegado Pablo Dantas Beltrão.

Segundo a Polícia Federal, esse foi o maior confronto armado já registrado no estado. Seis policiais ficaram feridos.

“Não acabamos com a facção, o crime é mais complexo, mas conseguimos desarticulá-la naquele momento”, declarou o delegado Joacir Lucena da Rocha.